Metodologia

Procuramos não dissociar a relação entre objetivos, conteúdos e métodos, ou seja, o que aprender do como aprender. Entendemos que tanto o conteúdo quanto os processos cognitivos são igualmente importantes para possibilitar a qualidade da prática pedagógica. Assim, compreendemos que o conteúdo não pode ser “depositado” pelo outro, mas construído pelo sujeito na sua relação com o objeto de estudo, com os outros e com o mundo.

O processo de conhecimento em sala de aula tem sua especificidade, pois naquele espaço o professor é o mediador entre o conhecimento e seu aluno. Em função disto, o professor deve proporcionar, fundamentado na concepção dialética de conhecimento, três momentos necessários para que realmente se efetue a aprendizagem:

  • A apresentação motivadora ou problematização – fase de exploração inicial do conhecimento que o aluno já tem sobre aquele objeto de estudo: opiniões, noções, hipóteses explicativas para o problema em questão;
  • Busca de informações – momento de confronto entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Esse confronto possibilita ao aluno a apreensão das relações internas e externas do objeto, da captação da sua essência. É nessa interação que se dá a construção do conhecimento, por meio da elaboração de relações cada vez mais abrangentes e complexas. Nesse momento metodológico, o diálogo e a pesquisa passam a ser importantes instrumentos de aprendizagem. O erro, sob o ponto de vista metodológico, configura-se como um instrumento importante para a descoberta das dificuldades de aprendizagem, das hipóteses explicativas que o aluno tem e, ao mesmo tempo, para o encaminhamento de novos direcionamentos pedagógicos;
  • Sistematização e expressão da síntese do conhecimento – esse momento é fundamental para a compreensão concreta do objeto de estudo. Por um lado, a sistematização possibilita a incorporação, a fixação e a transferência de novos conceitos e, por outro, a expressão da síntese do conhecimento, por meio da produção do aluno, permitindo ao professor acompanhar a construção do conhecimento que o aluno está fazendo.

Avaliação

É o processo de acompanhamento da aprendizagem, uma espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos no seu desenvolvimento. Por isso, a avaliação é contínua e diagnóstica.

A aprendizagem é de natureza processual: quem está aprendendo vai elaborando as informações que recebe para que elas se tornem conhecimentos efetivos. A avaliação deve adequar-se a essa natureza da aprendizagem, levando em conta o resultado e o que ocorreu durante todo o processo. Assim, considerando o resultado e o processo, o professor pode não só estabelecer interpretações adequadas sobre o desempenho do aluno, mas também rever o quê e o como foi proposto inicialmente.

É mediante essa avaliação que o professor obtém informações básicas sobre quantos e quais alunos estão progredindo ou não, onde estão as dificuldades e de que natureza são. É nesse processo que o erro passa a ter uma dimensão pedagógica. Também é aqui que o professor faz uma avaliação do seu próprio trabalho em sala de aula e uma reprogramação quanto ao conteúdo e à metodologia adotada.

Na Educação Infantil, a avaliação é feita mediante observações contínuas sobre o desempenho cognitivo, afetivo e social do aluno e é expressa em relatórios semestrais.